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Grace Kelly também é “Barbie” por “Janela Indiscreta”

Foto: Divulgação MattelMais uma surpresa para este humilde blogueiro. A repercussão do último post foi tão bacana que uma das leitoras resolveu contribuir. Parece que ‘Tippi Hedren’ não foi a única atriz a ser homenageada com uma Barbie pela empresa de brinquedos Mattel.

Grace Kelly, uma das estrelas mais brilhantes em filmes de Alfred Hitchcock, ganhou uma versão “action figure ‘para meninas'”  no dia 11 de janeiro de 2011, baseada em sua personagem no clássico inesquecível “Janela Indiscreta” (Rear Window, 1954), quando interpretou Lisa Carol Fremont, namorada de L.B. ‘Jeff’ Jefferies (James Stewart).

A Mattel eternizou ambas atrizes e tornou as duas bonecas objeto de desejo para os mais diversos tipos de colecionadores e amantes da sétima arte. Porém, nenhuma das duas permanece em produção na empresa. Hoje, podem ser encontradas apenas em sites de compra e venda como e-Bay, Amazon e Mercado Livre. Uma pena…

Conheça mais da Barbie “Lisa Carol Fremont” clicando neste link ao lado. Barbie “Lisa Carol Feremont”.

Clique aqui e saiba mais sobre a Barbie ‘Tippi’ Hedren, de “Os Pássaros” (The Birds, 1963).

Fontaine e a Mansão: A concretização de Rebecca

Foto: Divulgação CartazMuito estranho seria se este blog passasse sem tocar no nome de Joan Fontaine até o final do ano. Única atriz a ganhar um Oscar® por um longa do Mestre do Suspense – vencido em 1942, por “Suspeita” (Suspicion) -, deixou o plano físico em 15 de dezembro com um legado inquestionável na sétima arte. Porém, apesar do prêmio ter sido dado por outro filme, foi em “Rebecca – A mulher Inesquecível”, sua estreia nas telonas, o grande marco da carreira e ao lado de Alfred Hitchcock. Hoje, é considerado um dos maiores clássicos de toda a história do cinema.

O tema central parece simples: um jovem viúvo (“Maxim” De Winter, interpretado por Laurence Olivier) se apaixona por uma bela moça (Joan Fontaine) e resolve casar-se novamente. Porém, a jovem é fadada pelo destino a ser não somente a segunda “Sra. De Winter”, mas também aquela cuja vida terá para sempre a sombra de Rebecca, a primeira esposa do abastado lorde. Até quando essa simples e ingênua garota irá viver com esse “fantasma”?

A despretensão da sinopse é, aos poucos, desmembrada em inúmeros fatores. E, neles, jazem toda a genialidade de Hitchcock. O “espectro”, afinal, jamais é mostrado, pois não trata-se de um filme de terror. Aliás, quem é capaz de garantir, com toda a certeza, a presença de algo paranormal na trama? Pelo contrário. Hitch consegue estabelecer características tão poderosas e verossímeis à personagem-título que dá a ela uma vida sem a necessidade de aparecer durante os 130 minutos de produção. É um convite ao espectador para entender quem foi Rebecca e criá-la mentalmente ao seu bel prazer, amando-a ou odiando-a.

Na verdade, para conseguir gerar a noção de sua criação, o cineasta põe Rebecca em cada canto das cenas. Na vivência de seu viúvo, nas bocas de seus serviçais e, principalmente, no velho casarão, chamado de Manderley, um dos principais personagens do longa. O “fantasma” da falecida está em tudo: nas decorações, na rotina dos funcionários, nas lembranças e, acima de tudo, na constante expectativa de que a protagonista venha a ser uma repetição da primeira “De Winter”. Algo, claro, não concretizado.

Leia mais: Nicolaj Arcel é o diretor do remake de “Rebecca”

A frivolidade da governanta Mrs. Denvers (Dame Judith Anderson), é primordial para a atuação brilhante de Fontaine. Mais antiga na mansão, ela rebaixa a nova moradora a uma insignificância potencializada também pelos enormes cômodos. A recém-casada aceita a condição, e se deixa oprimir até o final do filme, quando começa a amadurecer e descobrir quem realmente foi Rebecca. A transição de seu condicionamento é tão sutil que mal nos damos conta de suas alterações enquanto realidade. A representação da despótica empregada é tão brilhante quanto a da personagem central, e também valeria uma estatueta da Academia.

Joan Fontaine (à direita) contracenando com Judith Anderson em "Rebecca"

Joan Fontaine (à direita) contracena com Judith Anderson em “Rebecca”

O clima criado por Hitch na velha Manderley nos deixa com a nítida impressão de que a figura da primeira esposa irá aparecer a qualquer momento. Assim como em “Psicose” (Psycho, 1960), portanto, a mansão é absolutamente fundamental para a história, visto ser determinante para todas as ações e reações daqueles que ali vivem. Ao mesmo tempo em que perduram as ações de superioridade premeditadas pela Sra. Denvers, o contraste com o tamanho do casarão se faz presente na percepção de sufocamento que apenas ambientes fechados poderiam causar.

Tudo somado à música de Franz Waxman acaba por instaurar um ambiente de múltiplos atributos, tais como insanidade, claustrofobia, aflição, comiseração e, porque não, medo. Fica estabelecido, assim, um dos melhores filmes de todos os tempos. Mostrando Hitchcock, em seu primeiro trabalho nos Estados Unidos, o quanto poderia somar às produções cinematográficas.

P.S.: Durante as filmagens, Laurence Olivier, contrariado por não emplacar a então namorada Vivien Leigh na produção, passou a destratar Joan Fontaine nos sets. Ao invés de condenar o “pouco caso” do ator, Hitchcock ordenou que todo o elenco fizesse o mesmo sem ela saber. A intenção? Deixá-la sentir-se exatamente como a personagem central e levar mais realidade às telas.

Hoje, diferentemente da época da elaboração da obra, podemos dizer que Fontaine se enquadrou perfeitamente naquele vasto espaço dentro dos estúdios. Mostrou sua grandiosidade em um ambiente desfavorável e hostil, destacando-se logo de cara para brilhar por mais longos anos aos olhos dos amantes do cinema. Não fica somente a lição artística propriamente dita, mas o ensinamento pra vida, cuja única certeza acaba de deixar o cinema com o mesmo ar de “Rebecca”…

Especificações técnicas
Filme: “Rebecca – A Mulher Inesquecível”
Nome original: “Rebecca”
País e ano: Estados Unidos/ 1940
Produtoras: Selznick International Picture e United Artists
Duração: 130 min
Fotografia: Preto e Branco
Gênero: Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Philip Macdonald, Michael Hogan, Robert E. Sherwood e Joan Harrison (baseado em livro de Daphne du Maurier)
Produção: David O. Selznick
Música: Franz Waxman
Elenco: Laurence Oliver (‘Maxim’ De Winter), Joan Fontaine (Sra. de Winter – Mrs. De Winter), Judith Anderson (Mrs. Danvers – Sra. Denvers), George Sanders (Jack Favell), Nigel Bruce (Major Giles Lacy), Reginald Denny (Frank Crawley), C. Aubrey Smith (Colonel Julyan), Gladys Cooper (Beatrice Lacy), Florence Bates (Mrs. Van Hopper), Leo G. Carroll (Dr. Baker).

“Hitchcock Brasil” completa um ano na web

Hitch7No último dia 28 de setembro, o blog “Hitchcock Brasil” completou um ano de existência. Neste período, recebeu 31 posts sobre assuntos variados dentro de sua proposta e, confesso, surpreendeu demais a este jornalista/blogueiro. A surpresa foi a aceitação do conteúdo na web. Em 365 dias, foram 1.833 cliques (média de 5 visitas diárias) e apenas quatro míseros dias sem nenhum clique, o que deixa este que vos escreve com muito orgulho! Mais do que orgulho: com uma enorme gratidão!

Após alguns dias de “abandono”, volta com tudo para o “Ano 2” de sua existência, na esperança de alcançar o público com novas sobre o Mestre do Suspense e todos os assuntos inerentes à sua  vida e obra. Vem aí uma nova temporada de “Bates Motel”, cuja trama será bastante explorada por aqui, bem como lançamentos de Blu-Rays de Hitch, sempre noticiados.

Enfim, a promessa que fica é de muita atividade no “Hitchcock Brasil” entre 2013/ 2014 e espero, cada dia mais, o seu clique, para que cresçamos todos os dias e nos tornemos, assim, referência em Alfred Hitchcock no país! Para marcar a data, reproduzo abaixo o primeiro post deste blog, redigido na data de sua fundação, dia em que obtivemos 31 visitas!

Forte abraço e uma semana “macabra” com muita saúde!

Tiago Di Tullio Freitas

Sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Título do post: “Só Pra Falar de Hitchcock…”

Porque um blog só para falar de Hitchcock? As facilidades da comunicação via internet e as inúmeras possibilidades por ela oferecidas saturam todos e quaisquer tipos de assunto. Ainda mais se forem acerca de paixões como música, cinema e futebol, por exemplo. Há, portanto, tudo aquilo que se possa a ver sobre o Mestre do Suspense. Ainda assim, com especificidade moderada. Assuntos sobre Hitch tratados de forma blasé…Apenas en passant, mas, ainda assim, com as informações disponíveis. Então, porque falar de Hitchcock? Simples: para tentar aprofundar um pouco mais sobre sua obra, carreira e vida e gerar, assim, um espeço específico apenas para o cineasta.

É público e notório o reconhecimento do trabalho de Hitchcock, um dos diretores com mais fãs ao redor do globo. Porém, ainda carecia de um site brasileiro que pudesse centralizar informações sobre tópicos que tangem inúmeros aspectos de seus mais de 100 anos de existência. Assim como tem Chaplin, criado por Hallysson Alves. Uma homenagem que dá a dimensão merecida ao trabalho de toda uma vida.

Falar de Hitchcock é chover no molhado. Enumerar suas qualidades como cineasta, seu jeito único de tratar as pessoas, sua maneira de deixar o suspense acima e as entrelinhas claras (porém, antagonicamente subjetivas). O objetivo é ir além do óbvio e, desta forma, reverenciar o diretor que fez este autor que vos escreve apreciar a sétima arte. O diretor que me tornou cinéfilo, colecionador de filmes e desbancou toda e qualquer ideia de que apenas blockbusters mereciam minha audiência. E tentar mostrar, aos fãs de um bom filme, o porquê de ele merecer essa (singela) homenagem…

Porque falar de Hitchcock? Só pra falar de Hitchcock…

http://www.hitchcockbrasil.wordpress.com

Texto do “Hitchcock Brasil” é publicado em revista virtual

Foto: Captura da RevistaO texto escrito por este autor para marcar os 114 anos de nascimento de Alfred Hitchcock foi publicado este mês na revista virtual “Hashtag Cinema”. O periódico, atualmente em sua terceira edição, possui uma comunidade no Facebook com cerca de 3,3 mil likes e tem o objetivo de, por meio de colaboradores, levar o que há de melhor sobre a sétima arte ao alcance do público.

Confira o artigo “Hitchcock, Eterno”, com a humilde homenagem deste jornalista através do endereço da revista no Issuu. Para tanto, clique aqui.

“Hitchcock Brasil” ganha nova página

Foto: DivulgaçãoA partir deste sábado, 24 de agosto, o blog “Hitchcock Brasil” ganha uma nova página em seu template. Intitulada “Remakes e Sequências”, traz em seu corpo uma lista de filmes resultantes do trabalho do Mestre do Suspense. O sucesso de Alfred Hitchcock e o reconhecimento de sua obra veio, inúmeras vezes, por meio de homenagens, digamos, que vão além de premiações importantes. Diretores com histórico de realizações posteriores à Hitch acharam, na própria sétima arte, uma forma de levar adiante as criações do cineasta.

Questionáveis ou não, o fato é que há um extenso número de filmes produzidos em sequência a importantes longas de Hitch (tais como “Psicose” e “Os Pássaros”), refilmagens de obras consagradas (“Janela Indiscreta”, por exemplo) e as mais recentes cinebiografias, cujos temas centrais baseiam-se em em momentos específicos da vida do cineasta. Na nova página, a relação dos filmes terá, quando possível, uma pequena crítica e sinopse de cada um, bastando clicar em cima do nome de cada longa.

Confira “Remakes e Sequências” clicando neste link ou no índice do Hitchcock Brasil, logo acima.

Hitchcock, eterno

Foto: GoogleQuisera o destino, há exatos 114 anos, que aquele quem fora (e o é, até hoje), conhecido como o Mestre do Suspense, nascesse no mês de agosto. E bem em um dia 13. Para os supersticiosos de plantão, um prato cheio. Para os desapercebidos, nada de mais. Para fãs da sétima arte, uma coincidência histórica. E para os aficionados por Alfred Hitchcock, outro motivo para justificar a genialidade ao tratar assuntos de suspense e elaborar cenas de terror difíceis de serem esquecidas.

Tão difícil quanto encontrar cineastas à altura. Um patamar atingido apenas por nomes como Charlie Chaplin, Ingmar Bergman, Akira Kurosawa, Billy Wilder e François Truffaut, pra citar alguns. Hoje, o “fazer cinema” ficou mais fácil em virtude do avanço da tecnologia, principalmente no que tange aos efeitos visuais computadorizados. Porém, quando o contexto geral do mise-en-scène é contestado, vale a velha máxima dos saudosistas: não se faz mais cinema como antigamente.

Hitchcock conseguiu ser único em seu gênero. Muito devido ao histórico de seu crescimento. Filho de Emma e William Hitchcock, viveu sua juventude sob rédeas curtas e com muita disciplina no bairro de Leytonstone, em Londres. A família, típica, o educou com rigidez da moral britânica, muitas vezes autoritária. O rigor católico deixou marcas profundas em sua formação psicológica e, ao crescer com a prática da punição com artefatos de borracha pelos sacerdotes, passou a ter uma visão única acerca dos conceitos de culpa e perdão. O crescente temor pelo “proibido” (como, na época, o humor negro) passou a ser fonte de inspiração para elementos que, mais tarde, fariam parte do “composé” cinematográfico do diretor, juntamente à inconfundível atmosfera de suspense que somente ele, até os dias atuais, soube criar.

Contratado por estúdios britânicos na década de 1920 como desenhista de letreiros, iniciou sua experiência com cinema também sendo responsável com cenários e pequenos diálogos. A primeira direção veio em 1923, com “Always Tell Your Wife”, filme não foi finalizado por falta de verba. Sua trajetória mudou de rumo após casar-se com Alma Reville, cujos pitacos foram primordiais para o produto final de cada um de seus longas.

Com 23 filmes rodados na Inglaterra e 31 nos Estados Unidos, inseriu duas técnicas na linguagem cinematográfica que, mais tarde, tornar-se-iam comuns. Em “Os 39 Degraus”, o cineasta apresenta pela primeira vez o “MacGuffin”, termo criado pelo próprio que significa a inserção de um objeto pretextual e de pouquíssima relevância para avançar na história. O exemplo mais famoso está em “Psicose”: o dinheiro roubado do patrão serve apenas para conduzir a personagem Marion Crane (interpretada por Janet Leigh) até o Motel Bates. Lá, a trama principal evolui sem que aquele dinheiro faça a menor diferença no desenrolar do enredo. Outra característica daquilo que viria a ser chamado de “estilo Hitchcockiano” é a utilização de um “bode expiatório”: um personagem inocente perseguido ou punido por um crime que não cometeu. Alguém da trama central que carregue consigo, sozinho, a culpa de qualquer crime, até a constatação real dos fatos.

Foto: GoogleSua destreza e atenção a detalhes ao tratar com o cinema, no entanto, não se refletia na vida pessoal. Aspas trazidas em inúmeras biografias, tais como “Os Bastidores de Psicose”, de Stephen Rebello, e “Fascinado Pela Beleza”, de Donald Spoto, traduzem os sentimentos dos atores e técnicos que trabalharam com Hitch ao longo dos anos. Dentre os adjetivos, depressivo, solitário, psicótico, perverso, tarado e maníaco. Sua célebre frase “Os atores devem ser tratados como gado” era levada ao pé da letra. Sua direção consistia no posicionamento das câmeras e o tratamento pessoal ficava, com o perdão do trocadilho, em segundo plano.

Entretanto, apesar de tratar subordinados com certa distância, tinha seus “preferidos”. Na verdade, “preferidas”: as atrizes loiras. Apaixonou-se por Vera Miles, Grace Kelly, Janet Leigh e, de forma mais grave e intensa, Tippi Hedren. Chegou ao ponto de não permitir que ela se relacionasse com ninguém nos sets de filmagem de “Os Pássaros” e “Marnie”. A atriz chegou a lembrar que ele mandava funcionários a seguirem para saber com quais tipo de pessoas se relacionava. Porém, dizem as más (e boas) línguas, que isso partia de uma intensa frustração sexual. Em toda sua existência, o diretor tivera apenas uma relação: aquela que concebeu sua filha única, Pat Hitchcock. Deste mesmo fracasso pessoal vinham os constantes comentários sobre sexo, os quais geravam constrangimentos e risos sem graça nos estúdios. Ainda assim, era querido por todos, pela doce capacidade de demonstrar afeto e respeito por aqueles que o rodeavam.

Sua paixão pela sétima arte transpunha-se a qualquer valor em sua vida. Exemplos não faltam e o principal jaz por meio dos bastidores da produção de “Psicose”. Hitch adquiriu os direitos do livro homônimo de Robert Bloch sem consultar a Paramount Studios, onde trabalhava. Comprou, inclusive, milhares de cópias do livro espalhadas pelos Estados Unidos para que o público não tivesse acesso à história (principalmente ao final surpreendente). Quando expôs a ideia para as filmagens, não teve o apoio dos produtores e, muito menos, o aporte financeiro. O diretor, então, hipotecou a própria casa em Los Angeles e pagou toda a montagem, incluindo salários, do próprio bolso, tendo apoio da empresa apenas para o lançamento nas salas de cinema. O resultado: seu maior êxito. A bilheteria total na época chegou à cifra de 50 milhões de dólares. A produção teve custo total de US$ 800 mil.

Porém, a pressão por sucessos atrás de sucessos e sua paranoia com as atrizes passaram a deixá-lo cada dia mais exausto e longe dos bons resultados. Ainda assim, um portfólio de criação com obras-primas do porte de “The Lodger – O Inquilino Sinistro”, “A Dama Oculta”, “Rebecca”, “Suspeita”, “Sabotador”, “A Sombra de Uma Dúvida”, “Festim Diabólico”, “Pacto Sinistro”, “Disque M Para Matar”, “Janela Indiscreta”, “O Homem Que Sabia Demais”, “Um Corpo Que Cai”, “Intriga Internacional”, “Psicose” e “Os Pássaros” não pode, sob qualquer hipótese, ser ignorado. Há de ser, para sempre, cultuado. Não à toa sobrevive às mais diversas gerações.

Foto: GoogleGênio, artista, controverso, perverso, tarado, maníaco, perfeccionista. Adjetivos que caibam à personalidade de Alfred Hitchcock não faltam. Mas, como dito no início deste texto, quando se fala do Mestre do Suspense e ao parâmetro cinematográfico criado por ele, uma qualificação não pode faltar: ao “completar” 114 anos, Alfred Hitchcock é eterno.

Só pra falar de Hitchcock…

Porque um blog só para falar de Hitchcock? As facilidades da comunicação via internet e as inúmeras possibilidades por ela oferecidas saturam todos e quaisquer tipos de assunto. Ainda mais se forem acerca de paixões como música, cinema e futebol, por exemplo. Há, portanto, tudo aquilo que se possa a ver sobre o Mestre do Suspense. Ainda assim, com especificidade moderada. Assuntos sobre Hitch tratados de forma blasé…Apenas en passant, mas, ainda assim, com as informações disponíveis. Então, porque falar de Hitchcock? Simples: para tentar aprofundar um pouco mais sobre sua obra, carreira e vida e gerar, assim, um espeço específico apenas para o cineasta.

É público e notório o reconhecimento do trabalho de Hitchcock, um dos diretores com mais fãs ao redor do globo. Porém, ainda carecia de um site brasileiro que pudesse centralizar informações sobre tópicos que tangem inúmeros aspectos de seus mais de 100 anos de existência. Assim como tem Chaplin, criado por Hallysson Alves. Uma homenagem que dá a dimensão merecida ao trabalho de toda uma vida.

Falar de Hitchcock é chover no molhado. Enumerar suas qualidades como cineasta, seu jeito único de tratar as pessoas, sua maneira de deixar o suspense acima e as entrelinhas claras (porém, antagonicamente subjetivas). O objetivo é ir além do óbvio e, desta forma, reverenciar o diretor que fez este autor que vos escreve apreciar a sétima arte. O diretor que me tornou cinéfilo, colecionador de filmes e desbancou toda e qualquer ideia de que apenas blockbusters mereciam minha audiência. E tentar mostrar, aos fãs de um bom filme, o porquê de ele merecer essa (singela) homenagem…

Porque falar de Hitchcock? Só pra falar de Hitchcock…

www.hitchcockbrasil.wordpress.com