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Blog quer ajuda: você conhece filmes que homenageiam Hitch?
Observando há alguns dias a página “Remakes e Sequências” deste blog, o autor do mesmo se deu conta de uma “falta”. Muitos filmes de Alfred Hitchcock foram, com o passar dos anos, sendo homenageados por outros longas, que se utilizaram de cenas, falas e outras características das obras-primas do Mestre do Suspense e não estão citados no intertítulo “Filmes-Homenagem”.
Dentre algumas produções que pediram licença poética aos sucessos eternizados por Hitch estão, por exemplo, “Por Um Fio” (Phone Booth, 2002) e “Vestida Para Matar” (Dressed to Kill, 1980). Nestes, os diretores Joel Schumacher e Brian De Palma, respectivamente, utilizaram-se de aspectos de “Os Pássaros” (The Birds, 1963) e “Psicose” (Psycho, 1960), para montar seus roteiros, storyboards e e, seguida, rodar filmes que foram sucesso de crítica e bilheteria.
Porém, para conseguir chegar à uma lista que não seja injusta com qualquer longa sequer, este autor pede ajuda aos fãs de Hitchcock para conseguir chegar lá. Será que posso contar com vocês? Assim que considerá-la “pronta”, todas as sugestões acatadas serão creditadas neste mesmo post para, em seguida, figurarem na página fixa do menu acima. E aí…Quem se habilita?
Filmes-Homenagem
1980 – “Vestida Para Matar” (Dressed to Kill, 1980), dirigido por Brian De Palma
2002 – “Por Um Fio” (Phone Booth, 2002), dirigido por Joel Schumacher
Após hiato de 50 anos, “Psicose” está de volta às livrarias do Brasil
Muito repulsivo para o cinema e bastante chocante até para o leitor mais calejado. Sem dúvida, é original, e o autor manipula seus leitores de forma inteligente, não revelando (…) o final (…). Tem uma trama engenhosa, é bem assustador na parte final e, de fato, bastante plausível. Mas impossível para o cinema.
Foi com essas palavras que o então analista de roteiros William Pinckard justificou aos executivos da Paramount, em fevereiro de 1959, a recusa ao livro “Psicose”, de Robert Bloch. Segundo o mesmo, era inviável para a sétima arte. Até Hitchcock resolver, sozinho, provar o contrário. O resto é história.
O fato novo é que a editora Darkside resolveu, neste ano, relançar o livro que deu origem ao filme considerado como o melhor do gênero de suspense/terror de todos os tempos. “Psicose” está de volta ao Brasil após 49 anos da publicação de sua última edição no país, em 1964. E o melhor, em duas versões: uma especial e limitada com fotos da produção cinematográfica, cuja capa dura contém o inconfundível logotipo criado por Tony Palladino para o longa de Hitchcock; e, também, em brochura, cujo preço será mais popular. Ambos traduzidos por Anabela Paiva.
A mais conhecida obra de Robert Bloch, antes de tornar-se o clássico, foi publicada originalmente em 1959 e baseada no caso do serial killer de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, possui inúmeras características em comum com Gein: solitário, vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora e construiu um santuário para ela em um quarto.
Segundo release da editora, o relançamento do romance preenche um hiato de quase 50 anos no país, quando a maioria das novas gerações não pode ter acesso à obra original que Hitchcock adaptou para o cinema em 1960. Na época, o Mestre do suspense adquiriu anonimamente os direitos de “Psycho” e, em seguida, comprou todas as cópias disponíveis no mercado para que a surpresa do final da obra não passasse a ser de domínio público.
Vendidos nas maiores lojas especializadas do Brasil, as novas edições têm 240 (brochura) e 256 (capa dura) páginas e custam, em média, R$ 39,90 e R$ 59,90, respectivamente. Como Stephen Rebello diz em “Os Bastidores de Psicose”, é possível conhecer Norman em sua plenitude apenas vendo o filme e lendo ao livro. Com tempo limitado, o cinema jamais conseguiria retratar sua intensa “psiqué” como faz a obra literária.
Robert Bloch (1917-1994) foi um escritor norte-americano de terror, fantasia e ficção científica. Autor de centenas de contos e mais de 30 romances, tornou-se mundialmente conhecido por “Psicose” . Teve como mentor H.P. Lovecraft, um dos mestres das histórias de horror e mistério, com quem chegou a trocar cartas. Colaborou com revistas pulp no começo da carreira, como a “Weird Tales”, além de escrever para fanzines de ficção científica e fantasia. Foi um prolífico roteirista para cinema e TV por mais de trinta anos, tendo escrito dez episódios para a série de suspense e mistério “Alfred Hitchcock Presents” (1962-65), o roteiro do remake de “O Gabinete do Dr. Caligari” (1962), de Roger Kay, e três roteiros originais para a série “Star Trek” (1966-67). Ganhou o Hugo Award (pelo conto “That Hell-Bound Train”), além do “Bram Stoker Award” e do “World Fantasy Award”.