Ingrid Bergman e o 29 de Agosto

Foto: Internet/GoogleQuisera o destino “brincar” com o 29 de agosto. Na mesma data em que nasceu uma das maiores estrelas da história do cinema mundial, recorda-se também o dia em que a mesma partiu para o plano espiritual. Neste meio tempo, em exatos 67 anos (de 1915 à 1982), Ingrid Bergman emprestou seus carisma, beleza e talento para encantar plateias ao redor do planeta.

Com 49 trabalhos na filmografia – sendo 13 na Suécia, seu país natal – a loira dos olhos claros nasceu com sangue de artista. Seu pai, Justus Bergman, era fotógrafo e lhe transmitiu o amor que nutriu pelo teatro. Chegou à Hollywood em 1939 e, sob a batuta do Mestre do Suspense, Alfred Hitchcock, foi protagonista em três longas: interpretou a Dra. Constance Petersen em “Quando Fala o Coração” (Spellbound, 1945), Alicia Huberman em “Interlúdio” (Notorious, 1946) e Lady Henrietta Flusky em “Sob o Signo de Capricórnio” (Under Capricorn, 1949).

Reza a lenda de que o ciúme de Hitch pela atriz era tão fulminante quanto suas críticas à mesma. Sua dedicação às personagens rendia-lhe diários “É apenas um filme, Ingrid”. Contou uma vez a artista, sobre o seu ímpeto em aceitar papeis em longas baseados em grandes obras literárias e temas de grande envergadura, que Hitchcock a aconselhava do contrário: se quisesse ser lembrada e eternizada como uma grande atriz, teria de fugir de grandes produções para sobressair-se em relação à estória e ao roteiro: “trabalhe em filmes bons e baratos”.

Foto: Internet/GoogleAo contrário do que muitos pensam, Ingrid não tinha qualquer parentesco com o diretor Ingmar Bergman, também sueco. Em uma belíssima carreira, ainda destacou-se por Maria em “Por Quem os Sinos Dobram” (For Whom The Bell Tolls, 1943), ganhou Oscar de Melhor Atriz por Paula Alquist em “À Meia-Luz” (Gaslight, 1944) e marcou época como Joana D’Arc, em filme homônimo (Joan of Arc, 1948). Voltou a ser premiada pela Academia em duas oportunidades: novamente como Melhor Atriz pela personagem Anna Koreff em “Anastasia – A Princesa Esquecida” (Anastasia, 1956) e Melhor Atriz Coadjuvante em “Assassinato no Expresso Oriente” (Murder on the Orient Express, 1974), quando apareceu como Greta.

Seu grande papel no entanto, foi como  Ilsa Lund Laszlo, em 1942. Ao lado de Humphrey Bogart, eternizou Casablanca como um dos maiores clássicos da história da sétima arte.

Casou-se três vezes: em 1936 com Petter Lindström, com quem teve uma filha, Pia, com o diretor italiano Roberto Rossellini, cuja união gerou três crias – Roberto e as gêmeas Isotta Ingrid e Isabella (a atriz Isabella Rossellini) – e, por último, com o produtor sueco Lars Schmidt, de quem também se divorciou, em 1975. Após seis anos de luta contra o câncer de mama, não resistiu. Em 1982, partiu bem no dia de seu aniversário.

Sobre Tiago Di Tullio Freitas

Jornalista (diplomado!), 28 anos, pós-graduado também pela PUC-Campinas, insistentemente na mesma área, é escriba almost-pro. Cinéfilo, webgeek e musicalmente eclético (algo entre Beethoven e Iron Maiden, passando por axé, sertanejo e muito samba). Sãopaulino tri-mundial viciado em futebol. Corredor e nadador da espécie ex-sedentarius. Fã de uma mesa de bar, acha que Original é a melhor cerveja, mas não recusa qualquer outra que seja (a rima é incidental). Chocólatra assumido, pizzólatra de sangue italiano (íssimo!) e churrascólatra por brasilidade. Um débil vivendo cada segundo intensamente e ocupando seu lugar no espaço. Virtual…

Publicado em 29/08/2014, em Artigos, Todos e marcado como , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

Deixe um comentário